Taboão da Serra: Justiça anula ordem abusiva do procurador-geral da Prefeitura de Taboão que proibia a diplomação do vereador eleito Bressan, suspeito de compra de votos. TRE-SP derrubou liminar

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A juíza eleitoral Carolina Conti Reed suspendeu a entrega do diploma de vereador a Wanderley Bressan, candidato mais votado de Taboão da Serra em 2024. A sentença foi publicada na noite desta 2ª-feira (16); a diplomação dos eleitos será hoje, às 14h. Segundo a Ação de Investigação Judicial Eleitoral, há “indícios de compra de votos e abuso do poder político e econômico”.

Bressan, 36 anos, declarou à Justiça Eleitoral a profissão de relações públicas. Já ocupou os cargos de secretário da Cultura do ex-prefeito Fernando Fernandes, e secretário do Desenvolvimento Econômico do atual prefeito José Aprígio. Foi candidato a vereador em 2012 pelo PT, em 2020 pelo PSDB, e neste ano, pelo PDT.

Compra de votos

A denúncia contra Wanderley Bressan foi apresentada à Justiça Eleitoral pelo vereador Alessandro Olímpio, o Bodinho. Ambos são do mesmo partido, o PDT. Bressan foi eleito com 5.768 votos, e Bodinho não conseguiu se reeleger, com 4.016 votos.

O vereador alega que Bressan “aproveitando-se de sua influência política, praticou condutas que violaram o princípio da isonomia no processo eleitoral”.

Em 01.set.2024, Bressan fez uma reunião com inscritos no Programa de Apoio Profissional (PAP). Essas pessoas realizam serviços para a prefeitura, subordinadas à Secretaria do Desenvolvimento Econômico. Segundo o vereador denunciante, nessa reunião os integrantes do PAP foram pressionados a votar em Bressan.

No dia 28 do mês passado, o jornalista Adilson Oliveira divulgou um áudio onde uma mulher inscrita no PAP afirma ter recebido de Bressan R$ 150,00, em cédulas de 100 e de 50 reais. “Ele [Wanderley Bressan] chegou de terno azul e bolsa preta”, diz a mulher.  O encontro político aconteceu no Salão de Festa Hall, no bairro Jd São Judas.

Para a juíza Carolina Conti Reed, “verifica-se indícios de compra de votos e abuso do poder político e econômico, sendo a concessão da liminar necessária para evitar que o diplomado exerça o cargo de forma ilegítima até que seja concluída a investigação”.

ATUALIZAÇÃO

Na manhã desta 3ª-feira, às 11h20, Bressan deu entrada ao pedido de mandado de segurança para tentar garantir sua diplomação no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

O juiz relator Régis de Castilho derrubou a liminar da juíza deTaboão, e Bressan será diplomado.



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