Estamos em 2022 e sou obrigado a lembrar aos jovens e a todos que numa sexta feira de 2015 acompanhei diversas publicações que retratava o desemprego e o avanço das tecnologias, o mercado de trabalho vem exigindo, com toda razão, maior qualificação por parte dos candidatos a uma vaga no vasto mercado brasileiro. Em uma pesquisa feita pelo IPEA (Instituto de pesquisa e Econômica Aplicada) cerca de 37,7% das pessoas entrevistadas estão sem emprego pela falta de capacitação teórica. Por mais que no Brasil sejam oferecidas várias oportunidades de capacitação profissional, isso não é suficiente, pois o investimento ainda sim, é insuficiente.
A maioria dos desempregados já teve trabalho remunerado, mesmo os mais jovens. Entre as pessoas de 18 a 29 anos que responderam a pesquisa, 78% afirmaram que já tiveram algum trabalho remunerado na vida. Já entre quem tem de 30 a 49 anos, foram 96% os que disseram que já trabalharam. Entre os desempregados, 45% disseram estar procurando trabalho há mais de seis meses, sendo que um em cada quatro disse estar nesta condição há um ano.
Dificuldades
As dificuldades ligadas a processos seletivos e situação do mercado de trabalho são escolhidas como principais barreiras entre os desempregados. E pelo menos 25% citaram a falta de qualificação ou experiência como principal obstáculo na busca por vagas. A resposta “nunca tenho a qualificação e/ou experiência exigida nas seleções de emprego” foi a escolha de 28% dos entrevistados entre 18 e 29 anos, já a “falta trabalho na minha área profissional/a concorrência é muito grande” ficou com 16% das respostas, seguida de “os processos seletivos são complicados, demorados ou custosos”, com 16% de escolhas entre este público. Os tópicos com menor índice de respostas entre os jovens foram "a jornada de trabalho é sempre inadequada" e "sinto-me discriminado nas seleções de trabalho", ambos com 2%.
Segundo o estudo, os resultados sugerem duas indicações para as políticas de emprego. “A primeira é que a estratégia de reinserção dos desempregados passa pelo emprego assalariado. Isso significa que a geração de postos de trabalho pelas empresas e programas de qualificação e orientação profissional são as mais relevantes para garantir o acesso ao trabalho”. Também orienta que “as políticas de encaminhamento isoladas parecem ter pouco efeito, já que as maiores dificuldades não se relacionam à identificação de uma vaga compatível, mas aos filtros para contratação”.
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