O governador de São Paulo, João Doria (ou BolsoDoria), voltou a atacar nesta sexta-feira 21/II os professores da rede estadual. Em entrevista a jornais de Presidente Prudente, no interior paulista, ele disse:
"Os professores estão sendo sim bem remunerados, mas remunerados de acordo com a sua produtividade. São Paulo não remunera professores para ficarem em casa tomando suco de laranja e sendo preguiçosos. São Paulo remunera professores que trabalham, esses merecem remuneração, atenção e respeito."
Professores têm reagido com indignação à fala de Doria, segundo a Folha de S.Paulo. "O governador João Doria não perde oportunidade de demonstrar arrogância, desconhecimento e descompromisso com a realidade dos professores da rede estadual de ensino", rebate a presidenta da Apeoesp (sindicato dos professores) e deputada estadual Professora Bebel (PT).
"O mais rico estado da federação paga salários abaixo do piso nacional. Os professores são muito mal remunerados e são desvalorizados pelos sucessivos governos do PSDB. Se há qualidade nas escolas estaduais, ela se deve à abnegação e ao sacrifício de professoras e professores, apesar de tantos ataques. E não ficamos em casa tomando suco de laranja. Quando ficamos em casa é para tomar remédios, porque as péssimas condições de trabalho nos deixam doentes", completa Bebel.
Diz a Folha:
"Na manhã desta sexta-feira, horas após a declaração do governador, a gestão Doria anunciou o pagamento de um abono de até 12,84% do salário para que São Paulo passe a cumprir o piso nacional do professor —de R$ 2.886,24 para uma jornada de 40 horas—, o que ao menos desde o ano passado não acontecia.
O valor é proporcional à carga horária. O vencimento para a jornada de 32 horas será R$ 2.164; R$ 1.731,69 para a de 24 horas e R$ 865,85 para a de 12 horas.
A Apeoesp reclama que abono não é reajuste, pois não conta para efeito de cálculos de gratificações."
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