O poeta e músico Gonzaguinha, como era conhecido o cantor Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior (1945- 1991), que perdeu a vida muito precocemente num acidente estúpido de trânsito, entre as tantas coisas que fez em sua breve e intensa existência, pois criou letras e músicas maravilhosas, verdadeiras lições de beleza e de originalidade, tanto pela riqueza das letras quanto pelos arranjos e pelas harmonias memoráveis, sendo hoje considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira, produziu uma obra-prima, um verdadeiro hino à vida e à felicidade!
A composição inteira desenvolve agudas sensibilizações e amplos pensamentos sobre uma pergunta: o que é a vida? Só a simples proposição dessa reflexão congela a nossa agitação ativista do dia-a-dia. Reconhece a contradição ao afirmar que a vida é a batida de uma coração, é uma doce ilusão, é um mistério profundo, é o sopro do Criador numa atitude repleta de amor – e destaca com energia inigualável que – a vida é sempre desejada, por mais que esteja errada, ninguém quer a morte, só saúde e sorte!
É isso! É sabedoria! Aprender sempre, o tempo todo – essa é a sacralidade misteriosa da Vida! E, melodicamente, seu convite se refaz nessa pequena reflexão, tal como canta esse rapsodo fluminense, “a pergunta roda e a cabeça agita. Somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder ou quiser.”
Como todos os professores e educadores, que não perderam a alegria de continuarem aprendizes, eu renovo minha fé na vida e na educação: construir a pessoa humana, dialógica, tolerante, amorosa, reflexiva e colaborativa, solidária e sensível, é o nosso ideal de humanização e de formação!
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