Todo mundo imaginava
que a porta de saída da cadeia para Lula seria a eleição de Fernando Haddad.
Mas, por ironia do destino tudo indica que quem vai ajudar a soltar Lula vai
ser Jair Bolsonaro.
Apos convite ao juiz Sérgio Moro para o futuro governo – aceito - será o habeas corpus que o ex-presidente não recebeu do STF. Ou o indulto que suspeitavam que Haddad lhe daria.
E o crepúsculo da fama de Moro. Ninguém pode ser tido como bom juiz depois de revelada sua parcialidade e viés político num julgamento momentoso e capital para o país. Além do fato de que aceitou participar de um governo liderado por quem tem por ídolo um torturador condenado pela Justiça e que já se declarou favorável à prática de tortura que é crime tipificado em lei e repudiado em todos os países civilizados.
Apos convite ao juiz Sérgio Moro para o futuro governo – aceito - será o habeas corpus que o ex-presidente não recebeu do STF. Ou o indulto que suspeitavam que Haddad lhe daria.
E o crepúsculo da fama de Moro. Ninguém pode ser tido como bom juiz depois de revelada sua parcialidade e viés político num julgamento momentoso e capital para o país. Além do fato de que aceitou participar de um governo liderado por quem tem por ídolo um torturador condenado pela Justiça e que já se declarou favorável à prática de tortura que é crime tipificado em lei e repudiado em todos os países civilizados.
Apesar de
ter proclamado o desejo de ver Lula "apodrecer na cadeia", Bolsonaro
fez um movimento na direção oposta. O capitão errou no alvo. Seu gesto reforçou
a possibilidade de o STF libertar Lula no ano que vem.
Ao dizer
sim ao convite, Moro tem que abandonar a toga desde já e vestir as suas
tradicionais camisas pretas e renunciar, é óbvio, a todos os processos que
abriu contra o ex-presidente. Também não poderá interrogar Lula no próximo dia
12 a respeito do sítio de Atibaia. Mas isso é só o começo.
A tese da
defesa de Lula, de que ele era suspeito para julgar o ex-presidente agora ficou
comprovada. E, pior, ficou explícito que Moro atuou como aliado do maior
adversário de quem ele condenou - Mônica Bergamo relata hoje encontro de Moro
com Paulo Guedes durante a campanha. Ou seja, além de o processo não apresentar
provas do crime, não visava fazer justiça, mas afastar o candidato favorito das
eleições.
Lula tem
que agradecer a Bolsonaro porque depois disso os ministros do STF que vão
julgar o caso do tríplex no ano que vem não terão como não concordar com a tese
da defesa: o julgamento não foi imparcial. A condenação teve finalidade
política. E julgamento que não é imparcial tende a ser anulado.
E se o
processo do tríplex for anulado, todos os demais contra Lula deverão ter o
mesmo destino por terem tido a mesma motivação.
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