Do UOL, em São Paulo
Em sua primeira reunião em 2017, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, a 13% ao ano. Os juros estavam em 13,75%. É a terceira redução seguida da taxa. A decisão, tomada nesta quarta-feira (11), foi unânime.
Há quase cinco anos o BC não fazia um corte como esse na Selic. A última vez em que os juros foram reduzidos em 0,75 ponto percentual foi em abril de 2012, quando caíram de 9,75% para 9% ao ano.
A nota do BC sobre a decisão desta quarta cita justamente a inflação: "A inflação acumulada no ano passado [ficou] bem abaixo do esperado há poucos meses." Também diz que espera que a inflação chegue neste ano aos 4,5%, que é o chamado centro da meta.
O BC também elogia os projetos do governo para cortar gastos: "Os passos no processo de encaminhamento e aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento."
Por outro lado, o BC diz que a recuperação econômica deve demorar mais do que o esperado e teme que os cenários externo e interno com "alto grau de incerteza" ainda compliquem um pouco a inflação.
Nas duas últimas reuniões, o BC optou por um corte de 0,25 ponto, derrubando a taxa de 14,25% para 13,75% ao ano.
Entretanto, diante do ambiente com expectativas de inflação ancoradas, o Comitê entende que o atual cenário, com um processo de desinflação mais disseminado e atividade econômica aquém do esperado, já torna apropriada a antecipação do ciclo de distensão da política monetária, permitindo o estabelecimento do novo ritmo de flexibilização."
A nota deixa aberta a possibilidade de mais cortes fortes: "A extensão do ciclo e possíveis revisões no ritmo de flexibilização continuarão dependendo das projeções e expectativas de inflação e da evolução dos fatores de risco mencionados acima."
- iStock/vasabii
Há quase cinco anos o BC não fazia um corte como esse na Selic. A última vez em que os juros foram reduzidos em 0,75 ponto percentual foi em abril de 2012, quando caíram de 9,75% para 9% ao ano.
Inflação menor ajudou no corte
A decisão ocorre no mesmo dia em que foi divulgado um bom resultado para a inflação, que fechou 2016 em 6,29%, dentro do limite máximo da meta do governo (era até 6,5%). Juros altos são usados para tentar conter a inflação (com prestações mais caras, o consumo é menor, e a inflação tende a cair). Quando a inflação recua, os juros podem baixar.A nota do BC sobre a decisão desta quarta cita justamente a inflação: "A inflação acumulada no ano passado [ficou] bem abaixo do esperado há poucos meses." Também diz que espera que a inflação chegue neste ano aos 4,5%, que é o chamado centro da meta.
O BC também elogia os projetos do governo para cortar gastos: "Os passos no processo de encaminhamento e aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento."
Por outro lado, o BC diz que a recuperação econômica deve demorar mais do que o esperado e teme que os cenários externo e interno com "alto grau de incerteza" ainda compliquem um pouco a inflação.
Nas duas últimas reuniões, o BC optou por um corte de 0,25 ponto, derrubando a taxa de 14,25% para 13,75% ao ano.
BC pensou em corte menor
O BC pensou em fazer um corte menor de juros, para 13,25%, mas considerou que o cenário permitia uma redução maior. Diz a nota: "O Copom avaliou a alternativa de reduzir a taxa básica de juros para 13,25% e sinalizar uma intensidade maior de queda para a próxima reunião.Entretanto, diante do ambiente com expectativas de inflação ancoradas, o Comitê entende que o atual cenário, com um processo de desinflação mais disseminado e atividade econômica aquém do esperado, já torna apropriada a antecipação do ciclo de distensão da política monetária, permitindo o estabelecimento do novo ritmo de flexibilização."
A nota deixa aberta a possibilidade de mais cortes fortes: "A extensão do ciclo e possíveis revisões no ritmo de flexibilização continuarão dependendo das projeções e expectativas de inflação e da evolução dos fatores de risco mencionados acima."
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